MIETE-BLOG

TECHNICAL INNOVATION AND ENTREPRENEURSHIP
Welcome to the BLOG of the Master Programme in Technological Innovation and Entrepreneurship (MIETE) at Faculty of Engineering of the University of Porto (FEUP). Through this BLOG we want to let you have a further insight into our activities in innovation and entrepreneurship.

Tuesday, December 13, 2005

Uma Parceria Diferenciadora. Pernas para "ANDAR" & Opinião no BLOG: "Smart Countries"

Uma Parceria Diferenciadora

O Professor José da Silva Costa, Director da FEP, é docente do Grupo de Economia da FEP e acompanhou o MIETE desde o seu nascimento em Julho de 2004.


MIETE-BLOG: Sr. Professor José da Silva Costa, muito obrigado pela disponibilidade para esta breve entrevista. Em 2004 deu o seu apoio a este projecto que então arranca em parceria com a FEUP e com a EGP. Desde então já passou um ano lectivo e teve oportunidade de presenciar os resultados obtidos em Julho passado. Estaremos no bom caminho?
JC: Tendo em conta os resultados obtidos, estou convicto que sim.

MIETE-BLOG: Na sua perspectiva quais são as mais-valias para os alunos? Que horizontes é que se lhes abrem?
JC: O facto de ser uma parceria de escolas com recursos humanos em áreas científicas complementares é um elemento diferenciador deste programa. Para os alunos é uma oportunidade única de desenvolvimento de competências na área do emprendedorismo tecnológico.

MIETE-BLOG: Na sua opinião em que áreas é que os conhecimentos adquiridos no MIETE podem ser potenciados?
JC: Pelo aproveitamento do capital de risco e capital semente disponível para financiar ideias inovadoras.

MIETE-BLOG: Qual o papel que este Mestrado pode desempenhar na FEP?
JC: Para a FEP é fundamental porque permite o desenvolvimento de competências nos domínios da gestão da inovação.

MIETE-BLOG: Qual o benefício que o MIETE poderá ter no aumento da competitividade do Porto-Região na área da inovação e empreendedorismo e, de uma forma mais abrangente, qual o papel que o MIETE pode desempenhar na nossa sociedade?
JC: Este mestrado permite à UP e à cidade-região percorrer a curva de aprendizagem num domínio novo aproveitando os conhecimentos de parceiros internacionais mais experientes.



Pernas para "ANDAR"

O Professor Miguel Velhote Correia é docente no Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores da FEUP. Disponibilizou no ano lectivo 2004/05 os resultados do seu trabalho de investigação a uma equipa do MIETE.

MIETE-BLOG: Muito obrigado pela disponibilidade para esta breve entrevista. Pode dar a sua opinião sobre a experiência pessoal como investigador e tecnólogo em colaboração com uma equipa de desenvolvimento de negócio?
MVC: Considero estar a ser uma experiência muito positiva, pois veio alargar os horizontes e permitiu ter consciência de questões que não me haviam sido colocadas antes. Entendo que o potencial de negócio é também um barómetro do interesse e da utilidade da investigação que se faz e da inovação tecnológica. Faz todo o sentido associar a investigação a iniciativas de desenvolvimento de negócio, pois são já bem conhecidas as dificuldades em transferir o conhecimento e as tecnologias para fora da Universidade e dos centros de investigação. A colaboração com a equipa do MIETE tem sido muito positiva e desde o início que há um entusiasmo e motivação muito fortes para concretizar as ideias e objectivos propostos.

MIETE-BOLG: Como surgiu aderiu à ideia de ceder os resultados do seu trabalho de investigação a uma equipa do MIETE?
MVC: Foi um desafio que o colega João José lançou e que de imediato aceitei. O projecto de inovação tecnológica que tinha em curso estava a ter bons resultados e numa fase em que precisava de um empurrão para sair da bancada de ensaios e do laboratório. Como se tratava de um desenvolvimento que partiu de uma solicitação de uma entidade externa à Universidade, achei que a ideia tinha potencial para ser comercializada e com pernas para "ANDAR". Todos as reacções que temos tido até agora têm confirmado esta hipótese.

MIETE-BLOG: Há mais pessoas envolvidas? Tem acompanhado o trabalho da equipa do MIETE que está a desenvolver o plano de negócios para a sua tecnologia? Do que lhe foi dado a conhecer sobre a metodologia TEC, qual a sua opinião?
MVC: Sim. Desde o início que contamos com a colaboração e apoio incondicionais do INEB, unidade onde desenvolvo a actividade de investigação, e do Centro de Reabilitação de Gaia. A Emília Mendes, técnica de ortoprótesia, tem uma motivação muito forte para fazer avançar os projectos. O meu colega Sérgio Cunha foi e continua a ser uma ajuda preciosa no desenvolvimento tecnológico. De realçar também os ex-alunos que se dedicaram de corpo e alma ao projecto ANDAR que lhes propus para a conclusão da sua licenciatura, a Diana Viegas, o Carlos Cunha e o Paulo Diniz. Foi o trabalho de equipa que deu muito bons resultados em termos tecnológicos. Neste momento, tenho acompanhado com todo o interesse o trabalho da equipa do MIETE e julgo que mais uma vez em equipa, agora numa perspectiva de criação de negócio, este trabalho irá dar bons resultados. A metodologia parece-me estar bastante focada nos aspectos importantes do problema e bem adaptada para o âmbito das tecnologias e da avaliação do seu potencial de comercialização. De realçar a formação que está a ser dada aos alunos do MIETE, pelo que pude constatar permite alcançar com sucesso os objectivos pretendidos.

MIETE-BLOG: Na sua opinião, esta colaboração está a dar bons resultados? Quais as suas expectativas? Ser-lhe-ia possível enumerar dois ou três pontos positivos e negativos desta colaboração?
MVC: Sem dúvida que sim. Em parte devido ao tema ou âmbito do projecto, mas principalmente devido ao envolvimento, esforço e dedicação da equipa do MIETE que as expectativas de concretização de negócio têm vindo a aumentar. Há neste momento muito boas perspectivas de se avançar com um empreendimento de base tecnológica e com um apoio e interesse institucionais fortes. Como pontos positivos, a iniciativa de um curso de empreendorismo tecnológico com estas características vem facilitar a ligação entre as áreas da tecnologia e comercial e estabelecer uma ponte para a transferência de tecnologia. Gostaria também de referir o bom entendimento que existe entre todos os envolvidos e a forma como se têm resolvido e ultrapassado alguns obstáculos. Alguns pontos que julgo merecerem especial atenção para desenvolvimento futuro será a abordagem a entidades externas à Faculdade e o seu enquadramento dentro dos objectivos do curso. Por vezes poderá ser difícil delimitar e até explicar entre o que constitui um estudo no âmbito do mestrado e o que passa a estar no foro de um desenvolvimento de negócio, mas sei que já houve esforços nesse sentido. Talvez fosse também útil incluir, se é que já não está, uma formação de cariz mais tecnológica relacionada com as diferentes fases de desenvolvimento de produto ou serviço de modo a ser mais fácil aos alunos dialogar com os tecnólogos, e mais uma vez delimitar bem as competências de cada interveniente.

MIETE-BLOG: Pode desvendar um pouco qual a proposta de valor da sua
tecnologia?
MVC: A tecnologia que estamos a propôr consiste num dispositivo portátil de baixo custo para avaliação e análise da marcha ou locomoção humana. Tem inúmeras aplicações práticas na área da saúde, reabilitação ou desporto, como por exemplo, na profilaxia do pé-diabético, na caracterização da marcha de uma pessoa amputada com uma prótese de membro inferior, no registo da mobilidade ou locomoção de um indivíduo ou na avaliação de desempenho de um atleta. Em termos de mercado, as tecnologias actualmente existentes visam uma utilização que se confina a laboratórios de análise de marcha, salas de fisioterapia ou ginásios. O dispositivo que propomos poderá acompanhar o paciente no seu quotidiano e actividade normal e registar, por um período de vários dias, a mobilidade e locomoção do seu portador e as condições em que este as realiza.

Opinião no BLOG: "Smart Countries"
Motivação: A edição especial da NEWSWEEK DEC05/JAN06 "The Knowledge Revolution" edita um artigo de Thomas L. Friedman entitulado "The Exhausting Race for Ideas". No âmbito deste artigo é citado Sir John Rose, chief executive of Rolls-Royce: In the future we will speak less and less about "developed, developing and underdeveloped countries", and more and more about "smart, smarter and smartest" countries.

Na minha opinião "Smarter Countries" serão aqueles, através das suas organizações e cidadãos, desenvolverão capacidades (ou competências) para se tornarem "Global Oportunities Catchers". Era impensável para uma empresa, há poucos anos atrás, enveredar por um processo de internacionalização sem ter alguma dimensão ou uma competência rara. Hoje, no entanto, as ferramentas disponíveis (comunicação, redução de barreiras, alargamento dos mercados, etc.) permitem que comecem a surgir organizações de reduzida dimensão que operam em vários países ("Pocket Multinational"), através da aquisição de competências, financiamento, parcerias não só numa base local mas também em qualquer outro lado do mundo (conceito de "Metanational": http://www.metanational.net/). Os países que mais depressa entenderem o fenómeno e melhores soluções descobrirem terão, de certeza, maior capacidade de desenvolvimento.
Somente através de "novas" perspectivas dos cidadãos e organizações, será possível mudar a capacidade de um país, para tal os governos devem (e já é muito), em relação aos cidadãos, promover uma mentalidade que lhes traga um melhor futuro, ou seja, "em vez de lhe darem um peixe, ensiná-los a pescar".
Dois bons exemplos de países que considero "Smart Countries" são o Chile e Israel. Vale a pena estudá-los. [Paulo Santos, MIETE 2004/06]

In a world of so many changes, it is very difficult to predict what the future will be or, being more specific, it is hard to have a good probability of guessing how will be the development of some trends occurring from the past.
Of course there are some methodologies that can help us to be more assertive and with more information about technologies, markets, consumers, and, at the end, more precious with financial matters and investments.
The important is to have the notion that “knowledge” is the key of the development and that this “knowledge” must be shared with the others. Networks raise power, new opportunities and smart communities… [Teresa Dieguez, MIETE 2005/07]

I believe that this sentence is all about innovation. I believe that in the future, the technological competitive advantages will last for smaller and smaller periods of times (companies are already able to “rapidly” replicate other’s technological competitive advantages; the time needed to do it depends mainly on the complexity of the product/service). In this sense, the capacity to offer/explore products or services with more imagination, in new markets, in a more effective manner will make the difference between successful and unsuccessful companies, between leaders and followers.
MIETE poses us, today, with the challenges of tomorrow. Identifying new businesses, supported by new/already existing technologies, in an innovative manner, addressing new markets, etc. is making the exercise necessary to face future business challenges. [Carlos Pinho, MIETE2004/06]

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