MIETE-BLOG

TECHNICAL INNOVATION AND ENTREPRENEURSHIP
Welcome to the BLOG of the Master Programme in Technological Innovation and Entrepreneurship (MIETE) at Faculty of Engineering of the University of Porto (FEUP). Through this BLOG we want to let you have a further insight into our activities in innovation and entrepreneurship.

Tuesday, June 20, 2006

Mafalda, Interior Designer, joined IDEAVITY as project leader in January 2006


Mafalda Moreira is an Interior Designer graduated at the High School of Arts and Design of Matosinhos (ESAD) where she developed some critical texts for the school publication “ESAD Questioning”.
At her senior year Mafalda exposed a prototyped project at FUTURE AMBIENTS exhibition at EXPONOR. Also result of a senior year project, Mafalda was invited by ESAD to participate in a collective exhibition to be at BIENAL de CERVEIRA and afterwards at Municipal Gallery at the Matosinhos City Hall.
Her projects were presented at several design magazines such has Experimenta (Spanish Design Magazine) and Espaço & Design (Portuguese Design magazine).
Until January 2006 she has been working with ESAD in the Communications and Projects Office, where she worked on the organization of events and publications, partnerships with cultural and governmental institutions and with foreign institutions including the co-coordination of European projects sponsored by the European Union.
Mafalda joined MIETE 1st edition in September 2004 and IDEAVITY in January 2006.

MIETE-BLOG: After the interview with the Mingle team talking with you was a must! Mafalda, please you tell us a little bit about your background? What lead you to design and to interior design and, finally, to Innovation and Entrepreneurship?
MM: First of all I’ve always had a wide range of interests. And doing a Design degree was the way to keep in touch with all disciplines that surround Design and explore all factors that contribute to make Design. I’ve started by Communication Design and afterwards changed to Interior Design because I felt the need to work the space and explore its interrelation with users. Communication Design is nevertheless always present in my projects because Design is also To Communicate. To make project come alive has everything to do with Entrepreneurship, so I decided to explore the Innovation and Entrepreneurship field. This revealed to me as an area in which creation and finding opportunities to explore are the key concepts.
The good thing about this Master Course was that I could adapt the optional courses to my profile and chose those that best fit my interests, namely courses from MSc in Multimedia Technology.

MIETE-BLOG: You joined IDEAVITY as Project Leader. Along the whole course your experience has been very interesting. You started by working on a fuel cell business concept, then moved to the Ortophoto Project with our colleague Sérgio Reis Cunha (see video of PSA project at MIETE-CAST - pt). For this project you and your MIETE colleagues developed a business plan that will most likely be used to launch the actual business. We also know that you have been working with the Mingle Team for more than a year. Can you tell us a little bit about how this collaboration started and your motivations to join IDEAVITY?
MM: This collaboration started on an optional course from the MSc in Multimedia Technology called “Human-Computer Interaction”. My colleagues were developing a business concept for teens communication via WEB and mobile devices and for that course we formed a group and developed a product concentrating on usability issues.
Has a team we developed a very good relation and most of all, we had lots of fun doing a project that became very interesting for the MINGLE concept.
During the first year of the master I’ve kept in touch with my colleague’s refinement of their business concept, giving some inputs in the design area: the project name and some possible services to create. From that collaboration emerged the invitation to join the team at IDEAVITY as project leader in January 2006. I’ve accepted the invitation and left my former job because I believe in the MINGLE concept and want to bring it to the teanagers all over the world.

Further reading: MIETE-BLOG Post dated from January 25, 2006: "The Teenager Digital Life Interface" (here)

Monday, June 05, 2006

Não desanimar e avançar continuamente, são as palavras do dia!


A Dra Teresa Dieguez é Licenciada em Economia pela FEP e actualmente Directora Executiva da AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel. Em Setembro do ano passado deu-nos a honra da sua preferência pelo MIETE.

MIETE-BLOG: Dra. Teresa Dieguez gostariamos de começar por lhe agradeçer a disponibilidade para esta breve entrevista. Permita-nos abrir esta breve conversa com a seguinte questão: qual é, na sua opinião, a utilidade de um mestrado como o MIETE?
TD: Um mestrado como o MIETE é, sobretudo, uma oportunidade única de contactar, comparar, aprender e trocar experiências. Para profissionais no activo, como é o meu caso, o MIETE é uma forma muito próxima de estabelecer a ponte entre o mundo académico e o mundo empresarial.
Com efeito, estamos perante a emergência de uma nova ordem sócio-económica internacional que apresenta de forma desordenada, e muitas vezes contraditória, um conjunto de elementos, ou tendências, onde interagem a globalização, a economia do conhecimento e a sociedade de informação. Essas novas realidades económicas provocam mudanças profundas relativas às manifestações da competitividade, nomeadamente no que diz respeito às mutações constantes dos seus referenciais (tecnologia, produtos e mercados), à ampliação da base competitiva (espaços, agentes e estratégias) e à virtualização dos factores de competitividade (organização, marketing e inovação).
Neste enquadramento, estar próximo das fontes de saber, num ambiente informal e rico em desafios, permite “perceber” melhor o ambiente que nos rodeia e poder, assim, antecipar decisões estratégicas e identificar factores críticos de sucesso.

MIETE-BLOG: Na sua perspectiva quais são as mais-valias do MIETE para os alunos que o frequentam? Será que se lhes podem abrir novos horizontes?
TD: As mais-valias para os alunos do MIETE são, sobretudo, desenvolver as capacidades empreendedora e competitiva de cada um. Ter que associar a uma componente mais formal uma componente essencialmente prática não é tarefa fácil. Tentar encontrar tecnologias ou ideias novas, com características únicas e altamente diferenciadoras exige uma capacidade criativa grande e um auto-controlo elevado. “Não desanimar e avançar continuamente” são as palavras do dia.
Os horizontes que se podem abrir com um mestrado deste tipo são muitos, dependendo essencialmente da forma como cada aluno encara este tipo de formação, menos conservadora, mas mais exigente e mais imbuído de competências sociais e comportamentais.

MIETE-BLOG: Desde a sua concepção que o MIETE considerou fundamental permitir aos seus alunos construir um curso à medida das suas necessidades através da escolha de disciplinas optativas tecnológicas ou de gestão (MIETE). Este factor pesou na sua decisão no momento em que escolheu o curso? Considera que este factor fundamental para tornar possível a reunião de pessoas com várias valências? Que balanço faz da sua experiência?
TD: O facto de o MIETE permitir aos alunos construir um curso à medida das suas necessidades foi o factor-crítico na minha decisão. Para além de ser um mestrado inovador por conciliar aspectos mais operacionais e técnicos com aspectos mais estratégicos, permite aprofundar os temas que mais prazer dão a cada participante.
Ao longo da vida, quer pessoal, quer profissional, há oportunidade para conhecer realidades e ambientes diferentes. Muitas das vezes, quando se opta por uma formação inicial, ainda se é muito novo para “saber” o que ser quer e do que se gosta. Mais tarde, por diversos motivos, há muito espaço para aprender, mas poucas oportunidades para o fazer. Por estes factores, reunir pessoas com várias valências, mas com interesses comuns, só pode enriquecer o processo de aprendizagem mútua e reflectida que poderá induzir acções concretas e devidamente sustentáveis.
Estou a gostar da minha participação no MIETE. Conciliar vida profissional, com vida familiar e vida académica, não é fácil… Mas gosto de desafios.

MIETE-BLOG: A formação na construção de negócios de base tecnológica é leccionada orientada ao “aprender fazendo”. Considera esta abordagem uma mais-valia do curso? Será a formação adequada à necessidade das empresas? Quais os pontos fortes e quais os pontos fracos desta abordagem?
TD: A formação na construção de negócios de base tecnológica é, sem dúvida, uma mais valia. Não é, no entanto, e como já atrás referi, uma abordagem cómoda, rápida e com garantia de sucesso. Encontrar tecnologias inovadoras, não é fácil e comum…
A formação leccionada é adequada às necessidades das empresas… mas convém encontrar a “tal” tecnologia.
Como pontos fortes apontaria a forma eficaz como se desenha um processo criativo, se constrói um plano de negócios, se discute em equipa o projecto, desde a concepção ao negócio.
Como pontos fracos, mas que não está directamente ligado com o mestrado, o facto de as tecnologias diferenciadoras não serem muitas, exigindo uma procura constante e uma força grande para não desanimar.

MIETE-BLOG: Numa visão de alguém que vem da da indústria, qual o papel que este curso pode desempenhar na interface entre a indústria e a universidade?
TD: A indústria e a Universidade estão de “costas” voltadas uma para a outra. Um curso como o MIETE pode constituir um pólo dinamizador de contactos, atendendo a que é possível e viável os seus elementos falarem uma linguagem comum e terem um conjunto de objectivos: inovar e competir numa óptica de livre concorrência.
É importante que o tecido empresarial conheça o curso e que seja constituído um centro, não necessariamente formal, que potencie os contactos com ideias novas e sua concretização.

MIETE-BLOG: Na sua opinião em que áreas é que os conhecimentos adquiridos no MIETE podem ser potenciados?
TD: Os conhecimentos adquiridos, porque o MIETE já pressupõe a possibilidade de optar por um conjunto interessante de disciplinas tecnológicas e de gestão, são mais do que suficientes. Para os alunos que ainda têm pouco contacto com o mundo de trabalho, recomendaria disciplinas mais ligadas a aspectos comportamentais e sociais.
Permito-me apenas fazer um pequeno reparo que passa por não estar perspectivada nenhuma formação em prospectiva, disciplina que considero crucial para os dias de hoje e que, atendendo à heterogeneidade do grupo, poderia constituir mais um factor diferenciador do curso.

MIETE-BLOG: Será o MIETE oportunidade para uma nova orientação de vida?
TD: Talvez. Quando escolhi o MIETE fi-lo porque precisava de “sentir” o mundo académico mais próximo. Não tinha em mente nenhum projecto ou nenhum negócio. O mundo automóvel é um mundo cheio de desafios e que me absorve muita energia…
Hoje se a tecnologia que estou a desenvolver for validada e constituir uma oportunidade de negócio interessante, sou capaz de seguir para a frente.
Como eu, é provável que os meus colegas sintam o mesmo. Creio que não é correcto encarar o MIETE como a garantia do negócio, mas é sem dúvida uma excelente ferramenta para aprendermos a trabalhar o negócio.
A equipa é fantástica, os orientadores estão próximos, a discussão é frequente e a cooperação é total.

MIETE-BLOG: Permita-me que conclua com mais um agradecimento pela disponibilidade e com os melhores votos de felicidades.